Alunos de Escolas Municipais são selecionados na Etapa Municipal das Olimpíadas de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro”

Na última semana, a comissão responsável pelo julgamento dos textos produzidos pelos alunos a partir do 5º ano da rede pública de ensino de Sant’Ana do Livramento concluiu suas tarefas. As professoras Patrícia Fernandes Cavalheiro, coordenadora regional do programa; Gisele Gonçalves Machado, representante da 19ª Coordenadoria Regional de Educação; e Aline Machado Motta, assessora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação; realizaram a seleção e classificação das produções recebidas nas categorias Poema, Memórias Literárias e Crônica. Os textos classificados para a etapa estadual são dos seguintes autores: Na categoria “Poema”, o selecionado foi Luís Guilherme Cezar Pereira, da Escola Municipal Saldanha Marinho, com o poema “O Lugar Onde Vivo”. Na categoria “Memórias Literárias”, a selecionada foi Andreyna Margaryta Nunes Brites, da Escola Municipal Abreu Fialho, com o texto “O avanço tecnológico presente no lugar onde vivo”. Na categoria “Crônica”, o aluno Mickael Braz de Souza, da Escola Municipal Célia Irulegui, foi selecionado com a crônica “Marimbondos Fora da Lei”.

A professora e coordenadora regional do Programa, Patrícia Cavalheiro, destacou o altíssimo nível dos textos concorrentes. “Todos os anos, os alunos se sobressaem na qualidade dos textos apresentados e todos que participaram estão de parabéns, pois selecionar apenas um de cada categoria foi tarefa difícil”, destacou.

Confira as obras vencedoras:

Aluno: Luís Guilherme Cezar Pereira

Escola: E.M.E.F. SALDANHA MARINHO
Diretora: Níria Mara Mendes de Oliveira
Professora: Ana Maria de Medeiros Garcia

CATEGORIA POEMA:

O lugar onde vivo 

Vivo num lugar
Único, sem igual
E as pessoas que vivem comigo
O tornam especial!

De dia ao longe, posso ver
Montanhas, campos, montes...
Também vejo casas, muitas casas...
É linda a vista do horizonte!

De noite, da minha casa,
Vejo centenas de luzes piscando!
São as luzes da cidade,
Brilhando...encantando...

Mas o melhor de tudo
É saber que vivo num lar,
Não apenas numa casa!
É assim o meu pensar.

Lá tenho a minha família,
Lá aprendi a amar,
Esse é o lugar onde vivo...
Esse é o meu lugar!

Aluna: ANDREYNA MARGARYTA NUNES BRITES

Escola: E.M.E.F. DR ABREU FIALHO
Diretora: Carmem Solange de Almeida Moreira
Professora: Elisa Machado do Nascimento

CATEGORIA MEMÓRIAS LITERÁRIAS

 O avanço tecnológico presente no lugar onde vivo 

Se bem me lembro, há um tempo atrás fiz uma grande descoberta, por ser menina curiosa e inquieta no espaço onde vivo há treze anos. Mexendo numa velha estante da casa depositada em um quartinho de despejo de quinquilharias que toda a família conservadora tem, encontrei um objeto que me chamou muita atenção.
Ele parecia antigo, pois não fazia parte do meu tempo. 
Eu nunca havia usado. Nem havia visto alguém utilizando-o. Então logo pensei: "meu avô vai sentir prazer em me contar a história de uma parte de sua vida." segurei-o com as duas mãos, devido ao fato de ser um pouco pesado e corri até ele. Não escondi minha curiosidade e já puxei uma cadeira para poder escutar melhor, sentada ao lado bem pertinho!
Minha filha, assim ele me dizia por eu estar junto desde o dia em que nasci, isso que tu encontraste, é um antigo ferro de passar usado há muito tempo pelas gerações anteriores a tua... e não tem fio para ligá-lo na tomada, observou?
Hoje a ferrugem ronda a sua matéria-prima que é puro ferro. Este cabinho de madeira, permitia que pudéssemos segurá-lo com perfeito isolamento do calor, pois ele só aquecia mediante a conservação de brasas acesas no seu interior. Sem falar no soprar ou embalar, a todo momento, para que as brasas se mantivessem bem coloridas, vivas, aquecendo-o durante o tempo da passada de todas as roupas selecionadas para este dia. E a trave para fechá-lo? Diferente de muitos que conhecemos, não permitia que se abrisse enquanto estava sendo manuseado!
Este objeto, para mim é uma relíquia, guardada na lembrança, pois hoje foi substituído por tantos modelos! Mas todos elétricos, como fornos, fogões, micro-ondas, panificadoras, cafeteiras, espremedores de frutas, liquidificadores e outros. A evolução foi grande na linha de eletrodomésticos!
Ouvi com toda atenção possível. E questionei meu avô sobre como ele e minha avó conseguiam fazer tantas coisas sem a facilidade de hoje com esses aparelhos?
Seus olhos verdes, já cansados, marcados pelo tempo, pela passagem dos anos, brilhavam ao declarar que os tempos mudaram, são outros e melhoraram.
Porém, nenhuma modernidade, nenhuma tecnologia avançada substitui as emoções experimentadas, anteriormente, em cada lugar por onde vivi.

Aluno: Mickael Braz De Souza

Escola: E.M.E.F. CELIA IRULEGUI
Diretora: Luciana Harden Quines Soares
Professora: Claudia Simone da Silva Nepomuceno do Espírito Santo

CATEGORIA CRÔNICA

 Marimbondos fora da Lei 

No quintal da minha casa observo as árvores de uma chácara vizinha. Em meio a tantos pinheiros, uma árvore de galhos finos se destaca, pois nela tem uma cachopa de marimbondos suspensos em dos galhos mais finos e frágeis da árvore.
O mais fascinante é que uma esfera feita de barro, não despenca, além do mais a árvore é alta. É um verdadeiro tapa na cara da lei da gravidade, pois com tantas chuvas e ventanias, típicas desta época do ano, essa cachopa não caí! Se fosse uma pequena cachopa de marimbondos, talvez um pequeno ninho, poderia até ser bem óbvio que não caísse, por não ser pesado, mas essa cachopa parece ser dar maiores que esses insetos são capazes de fazer.
Pensando bem, não foi àtoa que esses criminosos da natureza construíram sua moradia ali, até porquê deve ser uma tarefa difícil ir e vir a um lugar úmido e retirar algumas porções de barro e pedacinhos de pau para construir uma moradia que viola a lei da gravidade e resiste aos efeitos da natureza. Ah! Esses criminosos.