Radialista vai lançar livro sobre a história da imprensa santanense

Publicado em 22/12/2011 || Foto: Gabinete da Prefeita || Fonte: Gabinete da Prefeita
Esteve em Livramento, ontem, o radialista, pesquisador e escritor, João Batista Marçal, que prepara o lançamento de um livro sobre a história da imprensa santanense, com base em uma pesquisa do recentemente falecido empresário santanense Orestes Rosa Ilha.

 

Marçal fará, em sua mais recente obra, um relato dos jornais e impressos que circularam em Sant’Ana do Livramento ou a partir do município para a região. No início da tarde, Marçal encontrou-se com o prefeito Wainer Machado na praça General Osório, oportunidade em que apresentou o trabalho ao primeiro mandatário municipal, entre outros livros que já lançou. “Marçal é um expert em imprensa, especialmente na imprensa operária. Quando vereador, tive a oportunidade de convidá-lo para ministrar uma palestra e ele pôde compartilhar com a assistência as informações históricas de que dispõe. Realiza um trabalho de fundamental importância para a cultura gaúcha” – ressalta o prefeito.

Marçal, que participou do programa Conversa de Fim de Tarde, na RCC FM, tomou como base a pesquisa do empresário Orestes Rosa Ilha, a qual resgata os periódicos que circularam entre 1860 e 2005 em Livramento, incluindo aqueles que foram além dos limites do município.

Marçal é natural de Quaraí, onde nasceu, em 4 de novembro de 1941. Rebeldia talvez seja uma de suas marcas registradas, em função da atuação intensa como radialista e sindicalista, tendo iniciado as atividades radiofônicas no início dos anos 50 em sua cidade natal, como líder estudantil, ainda no segundo grau. Usava um espaço cedido por uma emissora para apresentar as ideias estudantis, tendo sido qualificado como um menino prodígio.

O pensamento crítico, entretanto, foi responsável por provocar reações de seus conterrâneos, tornando-se, à época, indesejado em Quaraí, chegando a ser excomungado pelo padre durante o sermão em uma missa de domingo. Como não pôde mais trabalhar em sua cidade, partiu para a capital gaúha, onde vivenciou as dificuldades da metrópole.

Após períodos de dificuldade, conseguiu emprego como operário de fábrica no início dos anos 60, tendo retornado ao jornalismo através do sindicato da categoria. Escrevia para o jornal de sua categoria e, mais adiante, foi contratado pela Zero Hora, tornando-se reporter policial.

Um acidente de um trem em Candiota levou marçal de volta para o rádio, pois a Gaúcha AM, por não ter enviado repórter para cobertura do descarrilamento, pediu que ele relatasse, ao vivo, os fatos. A diretoria da emissora gostou tanto do resultado que contratou Marçal como repórter, atividade que desenvolvia em consonância com as ações no sindicato dos radialistas. Perdeu vários empregos por expor o que pensava de forma direta, no ar, tendo atuado em mais de 10 rádios na capital, conquistando prestígio e popularidade. Isso, entretanto, não impediu que fosse preso por 27 vezes pela ditadura militar, tendo chegado a ser torturado em algumas ocasiões.



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