Prefeito Wainer Machado analisa resultados de pesquisa da opinião de leitores de jornais

Publicado em 06/06/2011 || Foto: Gabinete da Prefeita || Fonte: Gabinete da Prefeita
O Instituto Methodus realizou, no início de maio, pesquisa de opinião a pedido da Associação dos Diários do Interior do Rio Grande do Sul (ADI/RS). Na ocasião, foram entrevistadas 300 pessoas, de ambos os sexos, maiores de 18 anos. Como forma de ampliar a visão sobre o leitor santanense, entre as perguntas feitas pelo Instituto estão questões sobre consumo e comportamento e também uma breve avaliação dos governos federal, estadual e municipal.

No que diz respeito ao governo municipal, os participantes da pesquisa fizeram uma avaliação geral, de cada setor de serviços e também elegeram as áreas prioritárias de investimento. Entre outros dados, o público respondeu que a prioridade de investimento está na Saúde (75,7%), ficando em segundo lugar saneamento básico e esgoto. Na avaliação dos serviços, a Educação ficou com o melhor índice, enquanto o pior foi atribuído às áreas de lazer. Além disso, 46% dos entrevistados classificaram o governo Wainer como Regular, Bom ou Ótimo, ao passo que 54% deram conceito Ruim ou Péssimo.

Sobre essas manifestações, o prefeito Wainer Machado concedeu entrevista ao jornal A Plateia. Em um primeiro registro, lembrou que a pesquisa teve como objetivo investigar quais são os jornais mais lidos na cidade e o número de leitores do jornal associado à ADI e ainda conhecer a opinião dos leitores sobre o conteúdo do jornal, conforme o que determina o objetivo proposto pelo Instituto Methodus.Para o Prefeito , esse trabalho "é muito importante para entender o leitor e qualificar o já excelente conteúdo de A Plateia. Por outro lado, mesmo com toda a renomada qualificação técnica do Instituto Methodus, as considerações que me foram solicitadas ficam comprometidas, haja visto que tais questionamentos estão prejudicados por não fazerem parte de uma pesquisa direcionada para avaliação do governo municipal, e o perfil da amostra representa um grupo muito específico e pouco segmentado da comunidade santanense".

Wainer Machado também considerou que, "além disso, muitos dos questionamentos apresentados representam a interpretação e opinião do Editor e não o resultado dos dados da pesquisa". "Mesmo sabendo dos limites desta pesquisa e, portanto, dos seus resultados, responderei com respeito e embasado em minhas convicções a todos os questionamentos apresentados", garantiu, por fim.

Por que a oferta de empregos acusa índices tão baixos em Livramento?

A pergunta contém uma afirmativa que não é correta, já que a amostragem realizada não indica baixo índice de emprego e informa que 76,3% dos entrevistados exercem alguma atividade remunerada. Os 33,7% restantes não foram identificados quanto ao perfil: se são aposentados, pensionistas, estudantes. O dado efetivo que temos nessa abordagem é que entre os leitores deste jornal em Sant' Ana do Livramento e que tem 18 anos ou mais, 76,3% exercem algum tipo de atividade remunerada. Portanto, a grande maioria. Vamos a alguns fatos: de 2010 até o início deste ano a nossa Agência Municipal de Emprego indicou para o mercado de trabalho mais de 600 pessoas. Ainda, dados oficiais da Caixa Federal indicam que houve um acréscimo de 3 mil novas inscrições no PIS santanense, indicador que revela novos empregos em Livramento. Isto casa com a nossa ação de estímulo ao empreendedorismo que oportunizou a criação de 1600 novas empresas na cidade. Também os mais de 3 mil homens e mulheres que o meu governo capacitou estão qualificando a nossa mão de obra para o mercado de trabalho. Tenho razões objetivas, respaldadas em números e ações efetivas, para ser otimista em relação ao cenário sócio-econômico e me somo aos 59% que na pesquisa acreditam em Livramento.

Qual o motivo ou motivos para a predominância da informalidade?

A informalidade é um problema do Brasil e meu governo está fazendo a sua parte para enfrentar esta conjuntura. Criei a Lei Geral do Micro Empreendedor Individual e foi a partir daí que se criou o Comite Municipal de Desenvolvimento, que está chamando as instituições a participarem do debate sobre o futuro da cidade. Também criei o Banco Popular, que foi denominado de Caixa Popular, outra iniciativa que oportunizou o crédito a 65 micro-empreendedores que hoje se firmaram no mercado e ampliaram a sua renda e podem oferecer mais oportunidades para suas famílias. Sei que a informalidade ainda existe, mas uma pesquisa realizada com leitores do jornal não pode quantificá-la. A interpretação dos dados deveria levar em conta que entre os 68,1% que não tem carteira assinada podem estar militares, empresários, profissionais liberais, micro-empreendedores ou aposentados. Essa resposta, a pesquisa não aponta. E o exercício destas atividades não caracteriza seus profissionais como "informais". Além disso, Livramento faz parte de um contexto regional e todos sabemos que a metade sul e fronteira sofrem com um atraso econômico de mais de 20 anos. Temos que comemorar o momento atual com aqueles santanenses que acreditaram e ficaram em Livramento. Este momento é dos que acreditam e aproveitam as oportunidades para crescer e investir na sua terra.
 

Mais de 76% dos entrevistados afirma que não teme ter problemas financeiros, perder emprego ou ter familiar demitido. Que leitura é possível fazer dessa situação?

Esse indicador expressa a confiança de uma maioria no futuro da cidade. Existe um público que tem estabilidade no emprego, como o funcionalismo público e outro segmento que percebe que as oportunidades estão surgindo, inclusive com perspectiva de crescimento profissional. São empreendedores, pessoas com visão de futuro e que percebem que não é possível acomodar-se. Percebem o aumento das vagas de emprego e oportunidades de trabalho que se apresentam a cada dia na cidade. Um dos setores que mais cresce é o da construção civil. São mais de 600 licenças de obras nos últimos 12 meses. Também as agroindústrias estão se firmando na cidade, com apoio de nossa lei de incentivos, pouco conhecida e menos comentada ainda. Elas fazem parte do significativo grupo de novos e pequenos negócios, cujos empreendedores aproveitam as oportunidades e acreditam nas potencialidades da nossa terra. Também o acesso a formação superior, com a chegada das universidades publicas através da UERGS, UFSM, Unipampa e do pólo da UAB. São mais de 800 alunos, com 20% de fora da cidade que fizeram aquecer o mercado imobiliário. Além disso, há o ensino profissionalizante oferecidos pela prefeitura em parceria com o sistema "S" para centenas de trabalhadores e, mais recentemente, a instalação da Escola Técnica IFSUL. Ou seja, olham para frente e enxergam mais oportunidades que incertezas. Essa percepção subjetiva repele o medo e inspira desafios com segurança.

As pessoas apontam saúde como prioridade, seguida de saneamento básico e esgoto, asfalto e calçamento. Como melhorar o atendimento SUS que, apesar dos esforços, ainda está aquém do desejável, o mesmo valendo para a atitude de médicos e atendentes, inclusive em âmbito hospitalar?

Aqui precisamos separar e entender as competências do município com relação à saúde. Primeiro, saúde, educação, geração de emprego e segurança sempre serão prioridades em qualquer lugar do Brasil. No caso da saúde, temos a saúde básica que é o atendimento realizado através da secretaria municipal da saúde, postos de saúde e ações de prevenção através de equipes de atendimento direto na casa das pessoas. Esta é responsabilidade do município e respondo integralmente por tudo o que aí acontece. Na saúde básica, já investimos e vamos investir muito mais para qualificar o atendimento e melhorar estruturas. Desde 2005 contratamos para a rede básica mais médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e técnicos de enfermagem. Ainda neste estaremos construindo pelo menos 4 novos postos de saúde nos bairros Wilson, Santa Rosa, Divisa, Armour e já começamos a reformar todos os demais postos da rede. Já o hospital tem uma gestão privada e é responsabilidade do governo do Estado. No entanto, não tenho dúvidas que a Santa Casa só está funcionando muito pela ação direta da prefeitura, sem ela com certeza ainda estaria fechada. A prefeitura compra todos os serviços para manter o Pronto Socorro funcionando e isso representa R$ 180 mil por mês, ou cerca de R$ 2 milhões por ano. Mais, a prefeitura, por ter seu nome limpo, pagando as contas atuais e também a dívida dos antigos governos, tem condições de receber os recursos direcionados à Santa Casa. Mas ainda é preciso ajudar a Santa Casa sem esperar nada em troca. O que não pode é ajudar a Santa casa e fazer uso político. Enquanto os inúmeros Pais da Santa Casa somente se apresentarem para foto, deixando a mãe órfã, esta não poderá atender adequadamente seus filhos que são a comunidade.

É possível pensar em resolver o problema da saúde a partir de aportes financeiros originados de tributos e royalties, como os da eólica?

Os recursos da saúde que faltam na cidade são resultado da não aplicação dos índices constitucionais do Governo Federal e Estadual. O Congresso há anos está para votar a Emenda Constitucional Nº 29 e a pauta está sempre trancada. Eu acredito que se o Governo Federal e Estadual fizessem realmente a sua parte nós não precisaríamos retirar recursos da atenção básica, isto é, da prevenção e ter que colocar na saúde especializada, a chamada "curativa". Com certeza o retorno do ICMS aumentará com a geração de energia eólica e consequentemente 15% destes recursos irão para saúde. Poderá ser a viabilização financeira para implantação das equipes da Saúde da Família que hoje não temos recursos para fazer e percentual no orçamento para concretizar esta ação. Mas a energia eólica não deve ser encarada como a única alternativa. É preciso continuar investindo e acreditando nas potencialidades e vocações de Livramento: fruticultura, bacia leiteira, ovinocultura, vitivinicultura, turismo, agregação de valor nas pedras e gemas e tantas outras potencialidades que vejo em Livramento e que tento apoiar, através do meu governo.

O DAE, conforme entendimento global, passou, em tese, de superavitário para deficitário nos últimos anos. O que é possível esperar para a população, no curto e no médio prazo?

Primeiramente gostaria de entender quem seria o "Global". Segundo, esta afirmação é resultado da pesquisa? Quanto por cento dos pesquisados são o "Global"? Certamente esse "global" não teve acesso à gestão administrativa do DAE, pelo menos a gestão realizada no meu período de governo. Ou ainda, não tem conhecimento e informação suficiente para qualificar como péssima administração. Vou fazer um paralelo: na quarta-feira dia 1 de junho foi publicado um comunicado na capa de A Plateia, com pouco destaque e letras miúdas, informando aos leitores que, devido ao aumento dos insumos para o jornal, o preço de capa deste passaria de R$ 1,50 para R$ 2,00, um aumento de 33,3%. Justificando também que não havia aumento desde fevereiro de 2009. Dois anos e quatro mezes sem reajuste e o jornal tem que adequar seus preços ou não sobreviverá. Imagine que o aumento do jornal tivesse que passar pela Câmara e ao mesmo tempo circulasse com ênfase em diferentes órgãos da imprensa a opinião de pessoas, sem a mínima qualificação técnica ou informação, dizendo que o aumento não é necessário, etc, etc. Passado um tempo, o jornal perde rentabilidade, não consegue melhorar a qualidade de impressão, comprar novas máquinas, os computadores dos jornalistas vão ficando obsoletos, a direção tem que usar suas reservas para cumprir compromissos, logo entra no limite do cheque especial, empréstimos e o déficit está instalado. O Jornal é o mesmo, os leitores são os mesmos. Duas coisas mudaram, os custos e a falta de reajuste para acompanhar o mercado. E se alguém chegasse e, do alto da sua sabedoria, dissesse: o jornal está assim devido uma péssima gestão administrativa. Você concordaria com isso? Pois é! O DAE há mais de dez anos não aumenta a tarifa de água. Você acha isso certo? Outra pergunta então: o déficit do DAE é fruto de má gestão administrativa ou pela falta de reajuste da tarifa que hoje é a menor do Estado? A resposta está com o leitor. Em tempo, certamente um eventual aumento da taxa de água, onde a qualidade e acessibilidade são fundamentais para vida das pessoas, não ocuparia apenas uma nota de rodapé, mas uma manchete e páginas do jornal. Gostaria que o debate fosse sobre o que fazer e o que melhorar com essa nova arrecadação.
Agora, respondendo à segunda parte da pergunta sobre o que fazer a curto, médio e longo prazo. Mesmo com todas as dificuldades financeiras continuamos investindo e planejando o que dá. Elaboramos o Plano Municipal de Saneamento que planeja a universalização da água e esgoto em 10 anos, tendo um investimento projetado de R$ 130 milhões, sendo R$ 50 milhões para água e R$ 70 milhões para saneamento e esgoto. Já estamos cumprindo o plano investindo R$ 5 milhões na rede de coleta e tratamento da região do Wilson e Tabatinga e ainda este ano estaremos investindo mais R$ 17 milhões nas obras da bacia do Prado. Esses recursos foram captados do PAC através da articulação e projetos da prefeitura. Estes são investimentos macro, de grande porte, precisamos investir muito ainda na reforma e construção de novos reservatórios, troca de bombas e equipamentos, informatização e controle remoto dos equipamentos, troca da rede de água, pois ainda temos rede em ferro e chumbo do centro da cidade. Para que isso se concretize é necessário o reajuste da taxa de água, não existe alternativa. Assim como para o jornal, para a prefeitura também não existe mágica.

Há queixas constantes com relação a assuntos pontuais do trânsito: falta de estacionamento no centro, não aceitação (pelo menos parcial) do estacionamento rotativo, buracos no centro, falta de placas indicativas, equívoco no planejamento dos pardais e lombadas eletrônicas, etc... O que fazer para reverter esse quadro com rapidez e eficácia?

Vou responder por partes. Inicialmente quais seriam os equívocos no planejamento dos pardais e lombadas eletrônicas? Tomamos todas as medidas, estando a nosso ver corretas em todas as fases, e até agora nada foi apontado ao contrário. As denúncias (se forem comprovadas como verdadeiras) não estão em Livramento. Dizem respeito a outras cidades, de qualquer sorte, por comparação, sempre nos atingem mesmo que estejamos distantes e dentro da lei. Quanto ao trânsito do centro da cidade, digo o seguinte: enquanto os que são contra tudo se posicionaram veementemente anti estacionamento rotativo, nesse mesmo período de um ano já foi implantado nas cidades de Bagé, Alegrete, Cruz Alta, Santo Angelo, Erechim, Taquara, Vacaria e Pelotas. Temos que reconhecer que quem seria afetado diretamente com a implantação do estacionamento sempre esteve e ainda se posiciona a favor do estacionamento rotativo. Já a deterioração do capeamento das ruas é resultado da falta de manutenção e investimentos nessa área por 18 anos. Eu respondo pelos últimos seis. E neste tempo já investimos R$ 3,5 milhões em 15.000 metros de asfaltamento e 13.000 metros de calçamento com pedra irregular. Faremos, ainda neste ano, 2.000 metros na linha divisória e temos a previsão de investir mais R$ 5 milhões em asfaltamento de várias ruas da cidade que anunciaremos em breve. Certamente não conseguiremos recuperar 100% da cidade, mas estamos fazendo em 6,5 anos muito mais do que foi feito no conjunto de quatro ou cinco governos passados.

A pesquisa também aponta carências nas áreas de segurança e iluminação pública, limpeza urbana, lazer e educação. Com relação a cada um desses pontos, o que é possível resolver e o que não dá para fazer até o fim da administração, independente de resultado eleitoral?

A limpeza urbana será logo um item de destaque do nosso Governo, estamos preparando uma ação muito significativa para este segundo semestre, como o que também faremos com a iluminação pública. Lembro que em 2006 fizemos a eficientização energética e substituímos mais de 5 mil pontos. Ficamos aproximadamente 4 anos sem problemas na Iluminação, e como a vida útil das lâmpadas está encerrando neste ano os problemas elevaram o índice da pesquisa. Faremos ações específicas nas áreas de lazer da cidade revitalizando as existentes e construindo novos espaços para comunidade, inclusive com trabalho nas escolas e na capacitação da mão de obra, com foco na segurança, pois este problema deve ser atacado na causa e não na consequência como fazem os governos que não priorizam as camadas vulneráveis.

Parte dos entrevistados apontaram deficiências significativas em algumas áreas, como lazer, asfalto e calçamento, limpeza urbana, iluminação pública, saneamento básico e esgoto e saúde. Como fazer para equilibrar os números e satisfazer à população?

Vamos aos fatos. Quanto ao saneamento básico, hoje 33% da população conta com rede de coleta e tratamento. Estamos elevando este índice a 41 % com a conclusão das obras da bacia Alexandrina. Conquistamos recursos do PAC 2 e esperamos realizar licitação este segundo semestre elevando o índice para mais de 75% da população com esgoto tratado e coletado. Muito em breve seremos referência nacional em Saneamento Básico fruto da nossa capacidade administrativa de buscar recursos em Brasília. Com relação ao calçamento e asfalto, nós estamos trabalhando em lugares que há mais de 20 anos não recebiam nenhum tipo de reparo ou investimentos. Cito os mais de 5 milhões que investimos e estamos investindo nessa área. A limpeza urbana será logo um item de destaque do nosso Governo, estamos preparando uma ação muito significativa para este segundo semestre como também faremos com a iluminação pública. Lembro que em 2006 fizemos a eficientização energética e substituímos mais de 5 mil pontos. Ficamos aproximadamente 4 anos sem problemas na Iluminação, e como a vida útil estimada das lâmpadas está chegando próximo de seu limite de durabilidade, a exemplo do que ocorre com as lâmpadas de nossa casa, estão queimando ou com o reator danificado.
A saúde nunca recebeu e irá receber tantos investimentos municipais. Talvez a pesquisa pudesse ser direcionada diretamente aos usuários do SUS e avaliar destes o grau de satisfação. O que esta pesquisa aponta é vago e sem profundidade. Hospital é responsabilidade constitucional do Estado e da União e o ônus não pode ser delegado ao Prefeito. Mesmo assim, meu governo injeta anualmente cerca 2,5 milhões para manter o Hospital Santa Casa aberto para a comunidade. O que podemos afirmar, é que nosso segundo semestre será de muitas obras na saúde, infra-estrutura, limpeza e iluminação. Vamos fazer de Livramento um canteiro de obras, ações que há muito tempo não se vê. Serão mais de 50 milhões de reais investidos na cidade e que circularão na economia através de obras e aquisições da Prefeitura Municipal. É preciso que nossas empresas estejam preparadas para este momento e para disputar estes recursos para que eles fiquem aqui.
Infelizmente, quando chegamos ao governo em 2005 a desorganização era tanta que as dívidas não eram claras nem para contabilidade pública municipal. Fizemos um trabalho administrativo competente. Negociamos todas as dívidas para evitar surpresas de seqüestros judiciais e mesmo assim sofremos um sequestro financeiro com o BATUVA. Pagamos mais de 40 milhões de dívidas. Poderíamos ter realizado 100 km de asfalto e mais 100 km de calçamento em toda cidade. É evidente que se você tem o dinheiro no caixa você não precisa ir a Brasília ou Porto Alegre com o "pires" não mão, chorando por recursos para projetos de infraestrutura para a cidade. As dívidas estão negociadas e teremos um panorama de nos próximos 10 anos um pagamento anual que oscilará entre 6 a 8 milhões de reais. Até 2030 teremos dívidas para pagar. A culpa disso é total e irrestrita da irresponsabilidade das gestões passadas e da incapacidade de negociação. Nós santanenses estamos pagando hoje e continuaremos a pagar este preço. É triste, mas temos que ressaltar que muitos milhões continuarão indo para dívidas. Acredito que nesses 8 anos de Administração vamos pagar aproximadamente 60 milhões de dívidas, um verdadeiro descalabro com a Coisa Pública. A arrecadação da eólica poderá auxiliar na diminuição das dívidas amortizando juros. Mas a comunidade ouvirá nos próximos 20 anos esse tema premente no dia a dia da Gestão Municipal.

Sucessão municipal se avizinha. Qual a expectativa pessoal do prefeito em relação ao ano eleitoral?

Minha expectativa com relação ao ano eleitoral é positiva porque acredito firmemente que a eleição é um momento muito importante da democracia, é o momento em que idéias e propostas são debatidas, projetos são comparados e a trajetória de cada candidato a um cargo público deve ser profundamente avaliada, bem como seu compromisso com a comunidade. Sim, já tenho candidato a minha sucessão: meu candidato é o governo. Nós do PSB já temos uma aliança consolidada e que se manterá. E o nome que representará esta aliança será daquele ou daquela que fizer efetivamente a defesa deste projeto e represente a sua continuidade.
Deverá ser uma pessoa que tenha diaálogo com a comunidade, trabalho para mostrar, compromisso com os que mais precisam do apoio do poder público e lealdade com as causas de Livramento. Deve ter interlocução com todas as esferas de poder e respaldo político de todas as forças que construíram este projeto até aqui. O PSB fará esta discussão com a maturidade que sempre fez. Em todas as eleições, desde 1997, o PSB sempre colocou-se à disposição da sociedade santanense com suas propostas.



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